“Você está
aqui para possibilitar que o propósito divino do universo se revele. Veja como
você é importante.”
─Eckart Tolle(autor de o Poder do Agora e Mestre Espiritual).
*O Poder do Agora (um Guia Para a Iluminação Espiritual, Primeiro Lugar na lista do The New York Times).
O subconsciente coletivo está acostumado ao sofrimento e as tendências egoístas e
destrutivas do nosso falso “eu interior”. Mas, na realidade, não conseguimos
enxergar que a nossa verdadeira essência não é o nosso ego, mas nossa centelha
divina, que é portadora de luz, consciência e paz espiritual.
Por
piores que sejam as circunstâncias externas e por mais que o nosso ego frágil,
inconsciente, influenciável, sensível e inconstante insista em sofrer por causa
delas, existe em nós uma parte forte, indestrutível, inabalável e consciente
cuja luz é eterna. Encontrar nossa verdadeira essência é a fonte da felicidade.
Felicidade não é um prazer ininterrupto.
Felicidade é paz espiritual. E é também nos mantermos firmes, fortes e
inabaláveis diante das circunstâncias externas. O prazer pode vir de fora, mas
a felicidade e a paz só serão encontradas dentro de nós.
A paz
espiritual não é inalcançável, ela está dentro de nós, ela é parte de nós, ela
é nossa Divina Essência. O problema é que a nossa mente faz tanto barulho
que não conseguimos ouvir o glorioso silêncio pacífico e indestrutível do nosso
Espírito.
Ouça o
silêncio. Se não houvesse silêncio, não haveria música. As grandes obras
artísticas foram criadas no silêncio. Veja o espaço vazio. Se não houvesse o
vazio, não haverá a possibilidade de preenchimento. Deus está no silêncio, Deus
está no vazio. É Ele que preenche todas as coisas que são invisíveis e
silenciosas para nós. Estamos acostumados ao barulho e ao amontoado de coisas
materiais ao redor de nós que nos distraem e nos abalam. Mas, para se conectar
com Deus é preciso estar no silêncio, no vazio, respirando o ar puro do Agora.
Como se
conectar com nossa essência pura e superar o nosso falso “eu interior” do ego
que se identificou equivocadamente com o lodo do sofrimento? Acessando o poder
do Agora.
E o que
é o poder do agora? É o poder da vigilância. É o vigiai. Não podemos exercer a
vigilância se não estivermos, de corpo e alma, fixados no momento presente sem
as perturbações e as distrações mentais e sem as mágoas do passado ou as
preocupações e paranoias em relação ao futuro ou o que deveria ou não deveria
ocorre no presente.
Estar presente é entregar-se ao agora independentemente das situações externas. As situações de vida
são cíclicas, ora estará no sucesso, ora no fracasso. Mas situações de vida são meras situações. Elas passam. Tudo passa como um eterno fluir. A vida em sua essência pura e verdadeira é indestrutível, pois é a luz inabalável e eterna que
reside em nós.
Entrega não é sinônimo de
resignação ou inércia. Não é cruzar os braços e fingir que tudo está bem.
Entregar-se é simplesmente reconhecer o agora sem julgamentos para, depois,
tomar alguma atitude consciente. Entregar-se ao agora é estar vigilante e puro
sem se deixar levar pela revolta, pela dor e pelo sofrimento, que são as
reações instintivas do ego.
Nosso
ego não é o vilão. Ele só age como uma criança instintiva, reativa e
inconsciente. É natural que o nosso ego se revolte com tudo que é desagradável,
pois ele pensa que, desse modo, ele pode melhorar as situações. Mas, muitas
vezes, a revolta inconsciente só traz mais dor. Por mais paradoxal e
contraditório que possa parecer, é através da aceitação e da entrega que as
coisas passam a mudar.
O
primeiro passo da mudança é a aceitação. E a aceitação é feita no silêncio. Antes
de mudar algo, é preciso aceita-lo do jeito que é e conhece-lo para mudá-lo de
modo consciente depois.
*O que é iluminação?
Iluminação
é fazer com que a parte racional, pró-ativa e consciente predomine sobre nosso
ego instintivo, reativo e inconsciente. Iluminar-se é reerguer-se do lodo da
dor e do sofrimento que se abala por qualquer situação externa e encontrar a
paz espiritual e a luz forte que resiste a tudo, pois a luz é forte e
independente de eventos externos. Ela é a Divina Essência que brilha em nós. Fazer
florescer a Divina Essência sobre o lodo da ignorância e do apego à dor é
iluminar-se.
Diante
disso, podemos fazer uma analogia ao simbolismo da Flor de Lótus. No budismo,
ela é considerada um símbolo sagrado de elevação e expansão espiritual,
representa o puro. Assim como a lótus brota de dentro da escuridão e se
eleva acima da superfície da água, a nossa luz interna pode florescer sobre as
torrentes lodosas de dor e angústia de nossos instintos obscuros e reativos
como ira, mágoa, tristeza e etc.
*Qual o maior obstáculo para a iluminação?
O maior
obstáculo é nos identificarmos com o ego ou nos prendermos a nossa
personalidade, a qual é o conjunto de atributo físicos, mentais, culturais,
comportamentais, financeiros e etc. Essa identificação com a personalidade
mortal, frágil e, muitas vezes, inconsciente é a responsável pelo orgulho, pela
dor, pelos problemas de auto-estima, medos e disputas.
Ao compreendermos que somos muito mais que
nossa aparência e que a forma como estamos encarnados, superamos nossos
conflitos. Nosso espírito é muito maior e mais belo que nossa forma. Ele é
eterno enquanto a forma é frágil e mortal.
Outro
problema é nos identificarmos com a mente. Muitas pessoas vivem com
torturadores dentro de sua mente, pensamentos ruins que parecem nem terem sido
criados por elas mesmas. Elas precisam entender que estão acima de suas mentes.
Livrar-se
da tortura de excessos de pensamentos não é negar a mente e voltar ao estágio
de plantas ou animais irracionais. A mente é um presente divino, o homem é o
único animal racional.
É preciso apenas dar um direcionamento inteligente à mente,
dominar a mente e não deixar que ela nos domine. Iluminar-se também é tomar
posse de si mesmo, da própria mente e do próprio corpo, deixando que o espírito
iluminado gerencie-os. Iluminar-se é elevar-se acima dos padrões mentais
angustiantes do ego.