domingo, 28 de outubro de 2012

Mediunidade, Médiuns...




Esmagadora maioria dos estudantes do Espiritismo situa na mediunidade a pedra basilar de todas as edificações doutrinárias, mas cometem o erro de considerar por médiuns tão-somente os trabalhadores da fé renovadora, com tarefas especiais, ou os doentes psíquicos que, por vezes, servem admiravelmente à esfera das manifestações fenomênicas.
Antes de tudo, é preciso compreender que tanto quanto o tato é o alicerce inicial de todos os sentidos, a intuição é a base de todas as percepções espirituais e, por isso mesmo, toda a inteligência é médium das forças invisíveis que operam no setor de atividade regular em que se coloca.
Dos círculos mais baixos aos mais elevados da vida, existem entidades angélicas, humanas e sub-humanas,
agindo através da inteligência encarnada, estimulando o progresso e divinizando experiências, brunindo caracteres ou sustentando abençoadas reparações, protegendo a natureza e garantindo as leis que nos governam.
Cada individualidade renasce em ligação com os centros de vida invisível do qual procede, e continuará, de modo geral, a ser instrumento do conjunto em que mantém suas concepções e seus pensamentos habituais.
É necessário, contudo, reconhecer que, na esfera da mediunidade, cada servidor se reveste de características próprias. O conteúdo sofrerá sempre a influência da forma e da condição do recipiente. Essa é a lei do intercâmbio.
Uma taça não guardará a mesma quantidade de água, susceptível de ser sustentada numa caixa com capacidade para centenas de litros. O perfume conservado no frasco de cristal puro não será o mesmo, quando transportado num
vaso guarnecido de Iodo. O sábio não poderá tomar uma criança para confidente,
embora a criança, invariavelmente, detenha consigo tesouros de pureza e simplicidade que o sábio desconhece.
Mediunidade, pois, para o serviço da revelação divina reclama estudo constante e devotamento ao bem para o indispensável enriquecimento de ciência e virtude.
A ignorância poderá produzir indiscutíveis e belos fenômenos, mas só a noção de responsabilidade, a consagração sistemática ao progresso de todos, a bondade e o conhecimento conseguem materializar na Terra os monumentos definitivos da felicidade humana.
(Fonte: Roteiro, pelo Espírito Emmanuel – Médium: Francisco Cândido Xavier).

Em:http://centroespiritualistaluzdearuanda.blogspot.com.br/2012/06/mediunidade-mediuns.html

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